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17 de abril de 2011

Jovens têm mais acesso a armas e violência aumenta

Um dado preocupante: de cada 10 armas aprendidas no país, quatro estão na mãos de jovens.Em grande parte, porque, em uma apreensão geralmente as armas são repassadas para menores de idade, pela penalidade que diminui.A mais apreendida é o revolver 38 , um dos tipos usado por Wellington Menezes de Oliveira, no massacre de Realengo, que deixou 12 crianças mortas, no último dia 7.Se há uma circunstância a ser relevada nesse episódio é a facilidade de acesso a armamento, que contribui para a ocorrência desse tipo de tragédia.As armas nas mãos de pessoas despreparadas e com problemas psiquiátricos poderão fazer aumentar ainda mais os já elevados índices de violência, ressalta a psiquiatra Eveliny Carvalho. No Brasil 36 mil pessoas morrem vítimas de arma de fogo, segundo o Programa de Controle de Armas da Viva Rio, e quase metades das 16 milhões que circulam atualmente, são ilegais.Para os jovens, a arma é por vezes uma sedução, porta-se com uma causa respeito e admiração entre os amigos, além de creditarem a proteção a entes queridos. E para quem vivem em condições sem perspectiva, ou mesmo se sente oprimido, a expectativa é que a arma seja um símbolo de poder.Para Thiago Nonato, 18 anos, que já teve arma em casa, mas ressalta que sem munição, era tido como um objeto a mais na casa. Mas a pedido de amigos expunha a pistola algumas vezes. “Alguns amigos tinham curiosidade de ver uma arma de perto, então eu mostrava a eles, sabia que não tinha perigo porque estava sem bala”, diz.Com a campanha de desarmamento, o pai de Thiago, entregou-a para um amigo da polícia federal. A venda de armas de fogo no Brasil, já foi tema de um referendo no Brasil, realizado em 23 de outubro de 2005. Na ocasião, a maioria dos que foram às urnas (63,94%) respondeu “não” à pergunta “O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?”.Para Thiago a decisão foi correta, “muitas pessoas dependem para proteção, principalmente quem mora em lugares mais afastados da metrópole”. Amanda Queiroga, 17, tem opinião contrária, e acredita que a maioria dos crimes ocorridos no país advém de armas compradas legalmente, depois furtadas e repassadas para criminosos. “Se o comércio de armas fosse proibido, diminuiria o número de circulação no país”.Psicóloga alerta os pais
Nossos entrevistados concordaram em um ponto. Que restringir o acesso a armas de fogo poderia ter amenizado a tragédia na escola Tasso da Silveira, no Realengo. “É obvio que faz a diferença, mas temos que salientar que os revolveres foram comprados ilegalmente, então o caso seria desestimular o trafico, e não deixa a população sem ter como se defender” diz Thiago.
Para Amanda um ataque desse tipo, poderia ter sido desmotivado, sem o acesso ao armamento, e  acredita que muitas vidas teriam sido poupadas, “só confirma a minha opinião, pessoas com problemas psicológicos como o desse rapaz , portando uma arma só desencadeia mortes e violência”,declara.Para a psicóloga, Eveline Carvalho, o crescimento dos índices de criminalidade e o massacre no Realengo, é reflexo direto do atual clima de violência e do acesso armas de fogo. “Somos parte de uma sociedade que vive na insegurança e anda armada para se defender. Mas claro que o fácil acesso às armas ajuda a aumentar o problema”, diz.“Somos por muitas vezes guiados a agir pela impetuosidade, então recorrer a revólveres em casa ou que podemos comprar ilegalmente com facilidade, contribui para esses crimes passionais”.

Fonte: Jornal CORREIO

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