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21 de fevereiro de 2011

Tireoide - Hospital da capital atende centenas de casos/mês

O Serviço de Endocrinologia do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), atende a cada semana cerca de 150 pacientes com hipotireoidismo. A doença é resultado da produção diminuída dos hormônios da tireoide. Quando esse órgão não funciona de maneira correta, pode liberar hormônios em quantidade insuficiente, causando o hipotireoidismo, ou em excesso, ocasionando o hipertireoidismo.
Segundo a endocrinologista do HGF, Valéria Ripardo, não há informações que confirmem se o número de pacientes atendidos no Hospital com a doença reflete uma alta incidência da doença em Fortaleza ou demonstra uma concentração de atendimentos em hospitais, já que muitas pessoas não conseguem consulta nas unidades básicas de saúde na Capital e no Interior. O atendimento no HGF é realizado às segundas, quartas, quintas e sextas-feiras.
Valéria Ripardo explica que os casos simples podem ser acompanhados em postos de saúde por médicos clínicos e pediatras, reservando aos hospitais casos mais complexos ou que precisem de internamento. Em Fortaleza, os hospitais César Cals, Walter Cantídio e Hospital Geral de Fortaleza têm serviços de Endocrinologia. “O acesso a esses hospitais depende de encaminhamento dos postos de saúde, ao verificarem a necessidade de atendimento especializado”, comenta.
A DoençaA glândula tireoide é localizada na parte anterior do pescoço e regula funções de importantes órgãos como coração, cérebro, fígado e os rins. Ela produz os hormônios T3 (triiodotironina) e o T4 (tiroxina) e atua no crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes, no peso, na memória, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, na concentração, no humor e no controle emocional.
“A origem mais comum da doença é a inflamação crônica autoimune, de caráter familiar, mas pode ocorrer também por uso de certos medicamentos (como os para emagrecimento), deficiência de iodo na dieta e por razão de cirurgias”, diz Valéria Ripardo.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTOA endocrinologista esclarece que os principais sintomas são: fraqueza, dificuldade de concentração e de memória, pele seca, ganho de peso, constipação, depressão, alterações menstruais e infertilidade. Em crianças há dificuldade de aprendizagem e de crescimento. “O diagnóstico é simples, com a dosagem dos hormônios no sangue, mas outros exames podem ser necessários. Em recém- nascidos, o teste do pezinho é muito importante para diagnosticar e tratar cedo, antes que a doença cause problemas no desenvolvimento do cérebro. Mulheres grávidas com hipotireoidismo também precisam de avaliação mais frequente durante o pré-natal. Atualmente, muitos casos leves tem sido descobertos em exames de rotina, sem sintomas, e por vezes, são transitórios e não precisam de tratamento, mas só o médico pode avaliar,” ressalta a médica.
Valéria Ripardo esclarece que em casos mais simples, o tratamento é feito com a reposição do hormônio de tireóide, diariamente, por via oral, por um período de tempo variável, dependendo da causa, podendo se prolongar durante toda a vida do paciente.

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