Foto Ricardo Ferreira |
Depois de doze anos celebrando missas na Catedral Metropolitana de Fortaleza, padre Clairton Alexandrino anunciou que as celebrações estão suspensas às quartas-feiras e aos domingos. É durante estes dias que acontece uma feira de confecções, que atrai milhares de clientes e ocupa calçadas, grades de proteção e até o espaço interno da Igreja. A terceira maior Igreja do Brasil, agora, estará de portas fechadas, reprimida pelo caos do comércio no Centro de Fortaleza.
“É com muita tristeza que tomo esta decisão, mas os fiéis não estavam mais conseguindo entrar no templo. Se os incomodados é que se retirem, estamos nos retirando”, desabafou o pároco. O comércio ilegal, que acontece naquela área, reúne mais de mil comerciantes nas calçadas, além dos quatro mil boxes que funcionam dentro dos galpões nas ruas Conde D’eu e José Avelino. Os 28 fiscais e 150 auxiliares de fiscalização da Secretaria Executiva Regional do Centro (Sercefor) não conseguem estar presentes para impedir que o espaço público seja tomado.
Padre Clairton listou os problemas gerados pela feira: não há vagas para estacionamento – o estacionamento da Catedral, que é pago durante a semana, aos domingos deveria servir aos visitantes da Igreja – falta de espaço para pedestres nas calçadas e perturbação para os idosos que frequentam o lugar. “Já teve vendedor até dentro da Igreja. Outro problema é que como não há banheiro público na rua, o estacionamento fica repleto de urina e fezes”, disse
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